Às vezes me da uma angústia, uma agonia sem necessidade, sem endereço...

Talvez seja só o reflexo dos medos que tive e da vida, que nesses últimos tempo, esqueci de viver.

Mas penso que também pode ser a vida que dentro de mim pulsa, infinita, louca para existir em sua forma mais completa.

Dentro dessa complexidade, essas últimas horas, vivem. Vivem a sombra da meia luz quente, que ilumina minha cortina de voal, no ritmo do canto dos pássaros lá fora, no cheiro de grama molhada. A chuva veio para lavar tudo que de ruim havia aqui, veio para tirar de mim esse ranço, esse cansaço de viver do jeito que eu vinha vivendo.

Penso que perdi tantos sorrisos, tantas risadas, tantas manhãs de domingo, cansada, preocupada...sei que a minha vida, sei que Ele, sei que EU não merecemos perder mais nenhuma hora da minha existência!

Quero que o mundo me abrace e não me solte nunca mais. Quero me perder em toda minha lucidez, que por 26 anos vem definindo minha existência.

Como não meu Deus cantar as infinitas odes da vida?! Como não me deixar apaixonar por esse clima lá fora? Tudo que a vida pode me dar ela está me dando, o ar nos meus pulmões, misturam-se com todo amor que recebo na cama, nos abraços e com todas as possibilidades que se formam a minha frente.

Sim, é o natal, é o final de ano, é o emprego novo, é a renovação de antigos medos e a despedida de velhos hábitos...é tudo! Sou eu, sendo eu mesma.

Seja Bem vinda Maitê, seja bem vinda a sua vida novamente. PARABÉNS!

ACABOU-SE O QUE ERA DOCE...

Se vamos colocar o amor em discussão, temos que, indubitavelmente, falar da desilusão ou daquilo que podemos descrever apenas como nossa mera imaginação!
Estou farta de tentar viver nos padrões idealizados pelos outros em mim! Afinal o que pensam que sou?!

Acho que as pessoas me super estimam. Não sou ninguém. Nada crio, Nada sou. Minha diferença no mundo se estende até o pequeno quintal da casa que nem mais tenho. Sou nula. Uma página em branco. Por isso não me questiono tanto como os outros me questionam.

É terrível ir a um jantar e não ter novidades, ir a um encontro e não saber o que dizer e pior, saber e não querer compartilhar as ditas novidades.
Mais uma vez, estou tentando me recriar e vejo o desapontamento nos olhos das pessoas.

- Lá vai ela, a eterna insatisfeita!

Mas o que fazer se nada, no campo profissional me satisfaz. Até acho que fui bem! Estou a mais de um ano trabalhando com algo que, vira e mexe, mexe e vira, tenho total desinteresse!

E é por essas e outras que me sinto compelida a voltar ao tema da minha insatisfação crônica. Nesse toque meio “Vicky, Christina, Barcelona” sem saber o que quero da vida, mas muito consciente do que não quero.

Ao contrário de muitos capricornianos, não sabemos eu e ele, o que fazer da vida. Não temos controle de tudo. Essa premissa astrológica errou feio conosco. Sou uma pessoa estável porque não saio na rua distribuindo pirulitos azuis. Ok! Mas olha, estou quase...

Confesso que é um pouco emocionante poder recomeçar. Sempre, tentando se reinventar. Mas a maior parte do tempo é apenas cansativo e desgastante. Desde já sinto – me exausta!

Só tendo essa cara de pau que Deus me deu para conseguir seguir em frente.
Queria mesmo é que o fim de ano chegasse. Mas ele já chegou e eu continuo com esse ranço da vida! Está na hora de parar um pouco. Deixar que as coisas fluam. Meu maior problema é racionalizar tudo que sinto. Cada ponto, cada vírgula...ufa...por isso, fico por aqui!

SETEMBRO

Estamos todos tão aflitos, tão desesperados para fazer dar certo! As redes sociais parecem piorar essa febre, pq muitas pessoas escolhem ser felizes pelo facebook, mas felicidade é difícil de alcançar! Quem diz que sabe tudo, ih...não sabe é de nada!

Setembro vem como um sopro quente, pesado, tangível e à minha vida, e quer saber?! Vem muito bem vindo!

Cansei de rótulos, cansei do mundo que se desespera lá fora! Quero mais a arrumar tudo e sair na rua pra ser feliz! Cansei da melancolia de agosto, da agitação sem limites dos leoninos, do tempo, sempre calor ou sempre frio, nunca agradável! Cansei das mudanças repentinas de horário e dos fracassos que se acumularam na minha vida dentro desse oitavo mês.

Pensei hoje, às 5h30 da manhã, que às vezes é melhor deixar o passado no passado. Chega a dar um alívio, como uma piscina de água quente. A alma descansa, respira e se deixar viver!

Então hoje, ergo um brinde a setembro, que fez desse meu dia cheio de mau humor, um dia excelente para se viver! Viva!Viva!