terça-feira, 28 de julho de 2009

Com as próprias pernas


E esse sol, que não sabe se vem ou se vai? Muitas vezes, sinto minhas forças se esvaindo corpo a fora. Um cansaço da alma que sempre me da, que sempre me pega. Queria poder ser mais estável, poder encontrar em alguns caminhos formas de me sentir eu, em todos os sentidos. São as malditas horas que corroem tudo por dentro e por fora. São os meus malditos sentimentos que não sabem o que sentir.
Procuro ater-me aos fatos, as chances corriqueiras da vida, mas me perco nos tramites da realidade. Porque a realidade é certa, é única e é indiscutível. Nela só podemos mexer se for pra mudar, do contrário ela não se desfaz, ela se recompõe. Assim, com a realidade tomando seu devido lugar, dou lugar a um percentual totalmente meu. As minhas próprias estatísticas, baseadas em nada de concreto.
Por vezes me peguei desejando que meus sentimentos fossem algo concreto, palpável e acima de qualquer julgamento ou dúvida. Minha tese de defesa é falha, porque se baseia em mim. Estou frita! A um passo da condenação.
Bem aventurados são os ditos loucos, que com um diagnóstico na mão podem sair pelas ruas fazendo o que bem entendem da vida. Esses são os únicos seres humanos que tem permissão para sentir. Andei pensando se valia a pena me juntar a esse grupo tão inusitado, de gente feliz na sua própria realidade. Mas minha ficha anda tão suja no mercado, que talvez tivesse problemas para ser aceita, e como disse que minha defesa se baseia em mim, eram capaz de alegar sanidade mental em excesso para participar de tal sociedade civil. Mais uma vez repito, estou frita!
Minhas pernas indecisas não sabem mais por onde é possível andar. Caminho como quem caminha em um campo minado, com medo de explodir a qualquer momento. Meus pés doem porque caminho muito rápido, em linha reta, olhando para o chão, com um medo incontrolável de não chegar a tempo. Mas chegar aonde? Perdi meu mapa, por isso, apenas sigo a esmo na vida. O maior problema é que paro para pedir informações, em que rua seguir e qual o melhor caminho a tomar. Daí nem sei mais se estou caminhando com minhas próprias pernas ou com as indicações alheias. Como queria que tudo na vida tivesse um manual de instruções.
Passo a maior parte do tempo me escondendo daquilo que não posso evitar. Odeio essa consciência de mim. Odeio essa minha vontade de continuar, não importa o porque!
Desculpem- me, mas minha cabeça já está zonza, confusa e cansada pois não está acostumada a essa lucidez, imposta por tamanha indagação. Preciso ir me, preciso partir para algum canto longe de tudo que me cerca, e se for bem sucedida em minhas tarefas, espero poder também partir para longe de mim.

3 comentários:

Vinicius Cruxen disse...

fuerte não, amiga? Mas seja bem-vinda ao clube dos P.N.V.B.U.C. (LÊ-SE PERDIDOS NA VIDA BUSCANDO UM CAMINHO) hauahauah...te amo e morro de saudades de me sentir perdido..bem do teu ladinho. contigo me acho.

bjo do vinicru.

Maitê Medeiros disse...

Ehhh viva nóis!!!

anareis disse...

Querida(o) nova(o) amiga(o),estou precisanda muito de novos amigos pra me auxiliarem no meu projeto. Estou criando uma minibiblioteca comunitária e outras atividades pra crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui na minha comunidade carente no Rio de Janeiro,eu sózinha não conseguirei,mas com a ajuda dos amigos sim. Já comprei 120 livros e também ganhei livros até de portugal dos meus amigos dos meus blogs que eu tenho no google: Eulucinha.blogspot.com ,se quiser pode visitar meus blogs do google,ficarei muito contente. A campanha de doações que estou fazendo pode doar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3 ou pode doar livros ou pode doar máquina de costura ou pode doar retalhos,ou pode dor computador usado. Qualquer tipo de doação será bemvinda é só mandar-me um email para: asilvareis10@gmail.com , eu darei o endereço de remessa. As doações em dinheiro serão destinadas a compra de livros,material de construção,estantes,mesas,cadeiras,alimentos,etc. Se voce puder arrecadar doações para doar ao meu projeto serei eternamente grata. Muito obrigado pela sua atenção.