sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Quando penso em meus avós, não consigo desassociá-los a uma imagem do passado! Passado que nunca conheci. Vejo –os jovens, lutando pela vida, criando seus filhos, cheios de esperança, de motivação!

Consigo sentir o vento batendo nos cabelos crespos de minha avó, lavando roupas no tanque no começo da tarde, no quintal minha mãe subindo em árvore e meus tios brincando de pega pega. Ouço o ronco do carro do meu avô, voltando do trabalho, com uma pasta de coura debaixo do braço, sorrindo ao entrar em casa, enquanto as crianças vêm e lhe abraçam forte. Minha bisavó, sentada na poltrona do sofá, tirando um cochilo, enquanto minha avó coloca a mesa para o jantar.

Minha mãe jovem, linda, com cabelos escovados e a vida toda pela frente. Meu tio aprontando, fazendo arte e minha tia, sempre sensível, envolta da saia da minha avó!
Penso na felicidade, nas risadas, na vontade viver e no núcleo da família, no ser adulto e não velho, na alegria em ser. Prefiro pensar em todos eles assim, felizes e não com a amargura de hoje. Pq sei da felicidade de estar jovem plena, com o sorriso que lembro, é assim que penso neles hoje.

Vivo longe, quase não os vejo, mas quando falamos, ouço aquela vozinha pequena, arrastada, quase sem vida no ar.

Por isso lembro de tudo que é bom:
Gosto da comida da minha avó, do cheiro dela, das mãos frias, do colo quente, da vida que ela me ajudou a ter, da vida que ela criou para todos nós. Gosto dos chambres que ela usa no inverno e das roupas de ficar em casa. Gosto do rosto sério e a felicidade da risada frouxa! Amo suas contradições, sua bíblia, suas rezas...sua voz amiga! Ai que saudades infinitas...saudade que não pára, que não termina e que nunca cessa!

Um comentário:

Larissa Teixeira disse...

Adorei a visita... bjbj há saudades.