quarta-feira, 6 de abril de 2011

Motivações


Sempre quis fazer uma revolução, e sempre estive me busca de uma motivação. Primeiro achei que o cinema seria essa válvula de escape, que dele viriam todos os dilemas, indagações, que me fariam ver a verdade diante da vida. Essa era a minha esperança. Porém com o passar dos anos, e lá se vão 4 anos, percebo que o cinema não me libertou, na verdade o cinema me fez indagações próprias de sua existência, me afagou, me mostrou caminhos e lugares. Mas não me libertou!

Hoje penso que a escrita poderia me abrir tais portas. Mas sei que quando tenho que abri-la e colocá-la em jogo, me calo, me fecho, me retraio, paro de escrever!
Então, continuamos com o mesmo problema, mas agora o tempo parece rasgar o meu rosto, a minha vida. Sinto, aos 26 anos, que ainda é muito cedo e ao mesmo tempo, tudo é muito tarde!

As nossas motivações não deveriam ter tempo, mas elas têm! Tudo vem acoplado com um imenso prazo de validade. Certo ou errado?! Nenhum e nem outro, apenas fatos da vida. Nossa vida segmentada.

Continuo no caminho a procura do equilíbrio, da motivação e por fim da felicidade.

No meio desse caminho fui pega de supresa pela vida, cheia de realidade, cheia de muitas vertentes que nos fazem pensar sobre tudo que sempre quisemos ter/ser.

Hoje, a cada dia que passa, sinto que não estou fazendo progressos para responder tais perguntas, mas sim, a cada dia, vou acrescentando mais e mais indagações a esse meu caminho.

Tenho medo de chegar a um ponto onde eu não consiga mais ver o fim de um caminho que eu mesma criei. Pensava que com a idade, eu fosse ser capaz de resolver questões e dá-las por encerradas em minha vida. E na realidade, isso aconteceu com muitas coisas, mas essas três palavras, que permeiam a minha vida, ainda não foram respondidas.

Cada uma tem sua importância no meu cotidiano, vivo com elas, sou delas, elas me dominam completamente. E eu, parece,vivo para decifrá-las.

Como diz o sábio, preciso todos os dias ‘procurar as minhas motivações’, e eu só encontro dúvidas e respostas falsas e sem sentido.

Minhas dissertações não passam de uma lauda. Minhas indagações, não chegam a fechar um conto e minha vida, definitivamente, não da um romance. E isso me frustra.
Preciso da emoção da conquista. Quando a conquista é algo palpável, me jogo na briga. Quando a conquista é a minha vida e todas as implicações que fazem o meu âmago arder em chamas, eu murcho, viro isso que sou agora, um ser falante, andante, seu um pensamento definido.

Hoje, morro de medo que alguém pergunte minha opinião sobre qq assunto. Direi um simples: ‘não sei!’. Pq não sei mesmo, sinto que minha mente está adormecida, em banho maria.

Encontro dificuldade de fechar frases, terminar, diálogos. Entrego-me ao mundo viciante da televisão, ao lado prático da minha profissão e deixo tudo fluir na minha mente.

Minha angústia atual e não saber o que quero e por isso não sei para onde ir.
Mas, psh!, silêncio! É segredo! Não posso me dar ao luxo de não saber, mais uma vez o que quero e quem eu sou!

Por isso, roer as minhas unhas, é a única coisa que faço, hoje, com total certeza e segurança!

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